Manuel de Souza Martins, visconde.

 Um dos líderes da luta pela independência do Brasil no Piauí, lutou ao lado dos patriotas caririenses e ajudou a vencer o major português João José da Cunha Fidié.


Manuel de Sousa Martins,[nota 1] primeiro barão e visconde com grandeza da Parnaíba,[1] (Fazenda Serra Vermelha, OeirasPiauí 8 de dezembro de 1767 — OeirasPiauí20 de fevereiro de 1856) foi um militar e político brasileiro.[2]

Foi um dos mais importantes personagens da independência da província do Piauí, que em parceria com outras personalidades da época, como seus primos, Inácio Francisco de Araújo Costa e padre Marcos de Araújo Costa, de Simplício Dias da SilvaLeonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco e D.Raimundo Pereira da Silva, compõem o panteão dos heróis da Independência da futura Província do Império do Brasil. Manuel de Sousa Martins (o segundo de seu nome), era o filho primogênito dentre quatro rebentos do português Manuel de Sousa Martins e de Ana Rodrigues de Santana,[2] esta era a filha primogênita do casal Dom Valério Coelho Rodrigues (este também português) e da paulista Dona Domiciana Vieira de Carvalho. O Visconde da Parnaíba era sétimo-neto em linha varonil de Dom Bernardino de Sousa Martins (Tronco da Família Sousa Martins de Portugal); onde o patronímico Martins, provinha do genitor deste último Dom Martim de Sousa, nascido em 1448, filho de Dom Pedro de Sousa, este era irmão de Dom Gonçalo Anes de Sousa, 3º senhor de Mortágua, ambos descendentes de D.Martim Afonso Chichorro, filho bastardo de rei D.Afonso III, de Portugal, o bolonhês. Esta linhagem está referida no mundialmente prestigiado site de genealogia, Geneall Portugal.


Movimento pela adesão Capitania ao grito do Ipiranga

Quando chegaram ao Piauí as notícias sobre o Grito do Ipiranga, o futuro Visconde da Parnaíba já realizava em sua residência, localizada na Praça das Vitórias no centro urbano de Oeiras, reuniões com membros da aristocracia piauiense, no intuito de se articularem para sua adesão à causa.[2] A oportunidade surgiu em 19 de outubro de 1822, quando membros da câmera de Parnaíba, entre eles Simplício Dias da Silva, declararam seu apoio ao imperador D.Pedro I e consequente libertação do domínio português; no início do ano seguinte, o governador nomeado por D.João VI, major Manuel da Cunha Fidié, decidiu inadvertidamente, seguir com a sua guarnição para Parnaíba e punir os líderes da decisão. Quase imediatamente, em 24 de janeiro de 1823 Manuel de Sousa Martins, acompanhado de seus primos acima mencionados declarou em praça pública a adesão de Oeiras à Independência. Fidié ainda empreendeu a volta para Oeiras, porém foi detido a meio caminho quando de regresso, nas cercanias de Campo Maior, onde teve lugar a Batalha do Jenipapo, às margens do rio de mesmo nome, de onde o comandante português se encaminhou para Caxias, no estado do Maranhão, o último foco de sua resistência. No mesmo dia em que iniciou o movimento em praça pública, Manuel de Sousa Martins, ocupou a administração do Piauí Imperial, como seu primeiro Presidente Provincial, permanecendo no cargo até 9 de dezembro de 1826, quando foi sucedido por Inácio Francisco de Araújo Costa, o qual sucedeu brevemente entre 13 e 15 de fevereiro de 1829 e finalmente desde 7 de fevereiro de 1831 até 30 de dezembro de 1843, o mais longo governo da História piauiense. Como o maranhão permanecia sob o jugo português, em seu governo, houve a proibição de comércio de gado com aquela futura província até sua total capitulação.[carece de fontes]

Conselho de Governo (1824 a 1825)

Foi presidente do Conselho de Governo de 1º de maio de 1825 a 9 de dezembro de 1828.[1] Durante seu governo é enviado cerca de 500 soldados para lutarem na Guerra da Cisplatina.[carece de fontes]

Durante a época de governo interino, ele procura manter um governo no qual seguisse o padrão do novo estilo de governo que foi adotado no período imperial no Brasil, ao ser efetivado no cargo e apoiado pelo imperador D. Pedro I, ele tenta suforcar qualquer tentativa de revolta, e fazer com que os piauienses abandonassem os ideiais de revolução, segundo historiadores, Né de Sousa tentou acalmar de forma pacífica, evitando até, inclusive a execução dos líderes revoltosos piauienses, o que ocorreu diferente nas outras capitanias, nas quais se verificaram inúmeras mortes.[carece de fontes]

Documento do Duque de Caxias para Sousa Martins em 1840.

Presidência do Piauí

Foi presidente do Piauí novamente de 17 de fevereiro de 1831 a 30 de dezembro de 1843.[1] No seu governo houve um recenseamento da província, a criação de novas vilas em 1832 (Poti, PiracurucaJaicós e São Gonçalo do Amarante), no ano de 1835 houve a instalação da Assembléia Legislativa Provincial com 20 deputados e a criação do Corpo da Polícia Provincial (atual Polícia Militar do Piauí).[carece de fontes]

O recrutamento militar obrigatório causou indignação a maioria dos piauienses, até mesmo as familias dos adversários políticos eram forçadamente recrutados. Em uma região de produção familiar, ingressar em um corpo familiar, trazia bastante prejuízos, especialmente porque ser enviados para as frentes de luta no sul do Império significava quase morte certa. O nepotismo político passou a ser muito fluente no Piauí quando ele passou a nomear prefeitos (quase todos eram parentes ou pessoas próximas), causando uma reação imediata da população e membros da elite econômica do Estado.[carece de fontes]

Durante seu governo, conseguiu sufocar os revoltosos que aderiram à Balaiada no território piauiense, que lutavam contra o governo central do Brasil no Rio de Janeiro. O Barão da Parnaíba revelou-se em um habilidoso negociador e foi reconhecido por D Pedro II por seu apoio a Duque de Caxias na debelação do movimento no Maranhão.[carece de fontes]

Fonte: Wikipedia

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