Santo Amaro da Purificação, Bahia
A mãe de capitão-mor José Pereira Filgueiras, Maria Pereira de Castro, teria nascido na Bahia e ao contrário do seu pai, cuja linhagem foi esclarecida pelos linhagistas, sendo de uma família de "classe média" rural de um distrito de Viana do Castelo, Portugal, não se descobriu ao certo quem eram seus antepassados. Pelo sobrenome, Pereira de Castro, pode-se presumir uma ascendência de família tradicional da região de Santo Amaro da Purificação. Por hora vamos nos limitar a falar o que se sabe da história do município baiano.
Santo Amaro (também conhecida pela denominação não oficial Santo Amaro da Purificação)[8] é um município do Recôncavo Baiano. Possui 492 quilômetros quadrados de área e uma população de 60 069 habitantes (2019), resultando em uma densidade demográfica aproximação de 125 habitantes por quilômetro quadrado.
História[editar | editar código-fonte]
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pela tribo tupi dos tupinambás.[9]
A cidade foi fundada em 1557 e cresceu sobre terraços ao lado do rio Subaé. Em 1559, a sesmaria que englobava o atual território de Santo Amaro foi doada a Fernão Rodrigues Castelo Branco. No ano seguinte, o mesmo a doou a Francisco de Sá, filho do governador-geral Mem de Sá. Francisco construiu o Engenho Real de Sergipe. Francisco morreu antes do pai, que passa para sua filha Felipa de Sá.[10]
Felipa de Sá vendeu aos monges beneditinos. Em 1667, monges beneditinos construíram a Capela de Santo Amaro. Felipa de Sá doou ainda ao colégio de Santo Antão de Lisboa o Engenho do Conde e nele os Jesuítas construíram a Igreja de Nossa Senhora da Purificação em 1608. Em 1678 este templo ruiu, em 18 de Outubro de 1700 foi realizada uma missa[11] no local que em 1706, foi iniciada a construção da atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação. Foi elevada a vila o município em 5 de janeiro de 1727. Tornou-se cidade em 13 de março de 1837, denominada de "Leal e Benemérita". Em 1847, foi estabelecida ligação marítima regular com a capital da província, Salvador, por navio a vapor. Em 1855, uma epidemia de cólera dizimou metade da população.[12]
Formação administrativa[editar | editar código-fonte]
Antes de 1608, a localidade já era um distrito denominado "Nossa Senhora da Purificação e Santo Amaro". Em 1727 foi elevado à categoria de vila. A lei provincial n.° 43 de 13 de março de 1837 elevou a vila à condição de cidade com a denominação de "Santo Amaro".
Já no século XX, em 1911, o município de Santo Amaro contava com sete distritos: Santo Amaro (sede), Bom Jardim, Lustosa, Oliveira dos Campinhos, Rio Fundo, Rosário de Santo Amaro e Saubara. Já em 1933, o número de distrito sobe para oito: Santo Amaro (sede), Bom Jardim, Oliveira dos Campinhos, Nossa Senhora do Rosário, Santana do Lustosa, São Bento do Inhatá, São Pedro do Rio Fundo (antes denominado Rio Fundo) e Saubara.
Com a emancipação de diversos distritos (que posteriormente viraram municípios), em 1993 Santo Amaro adquire a configuração administrativa que se mantém até os dias atuais, com apenas três distritos: Santo Amaro (sede), Acupe e Campinhos.[13]
Entre seus descendentes mais notáveis, estão os filhos José Pereira Filgueiras, capitão-mor do Crato CE, e seus bisnetos "Totonho Filgueiras" de Barbalha CE e Menandro Pereira Filgueira. Seu outro filho Romão Pereira Filgueiras foi avô do cel. Romão Sampaio e do filho"Chico Romão" de Salgueiro e Serrita. "Chico Chicote" morto pela polícia em 1925 descende de uma filha.
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