Egaz Moniz Barreto
Dentre os possíveis antepassados do fundador de Barbalha-CE, o capitão Francisco Magalhães Barreto e Sá, possivelmente pelo lado materno, está Egaz Moniz Barreto, pelo casamento de sua filha Inês Barreto com Diogo Rocha Sá, mas não se encontrou ainda o nome dos pais de Inês de Sá Sotomaior, a mãe do capitão, então os linhagistas presumem por indícios... Outra família, essa com comprovado sangue cristão-novo, que se estabeleceu na região do Cariri e conseguiu documentar a sua ascendência é a Bezerra de Menezes de Juazeiro.
De uma família de fidalgos e nascido na Ilha da Madeira, Egaz Moniz era filho de Diogo Moniz Barreto, primeiro alcáide-mor da Bahia durante o governo de Tomé de Souza em 1549. Egaz Moniz ganhou de Mém de Sá uma sesmaria na ilha dos franceses em 1563.
Ordenações Manuelinas |
O alcaide (do árabe قاضى; romaniz.: al-qādi; «o juiz») era o governador de uma cidade ou vila acastelada ou fortificada, durante a Idade Média, na Península Ibérica.
O cargo era sempre ocupado por um representante do rei e acumulava funções militares, administrativas e judiciais, em casos particulares. Com o tempo foi acrescentada a partícula “mor” ao cargo alcaide, distinguindo seu caráter militar[1].
Estes funcionários pertenciam à nobreza hereditária e tinham de ser inteligentes, honrados e corajosos,[2] pois tinham como missão a defesa militar da vila e o desempenho de funções judiciais e administrativas, prestando contas directamente ao rei.[3]
Nas alturas em que se tinha de ausentar da vila, era nomeado para o substituir um alcaide-pequeno ou alcaide-menor.[3]
Posteriormente, o título designou vários cargos administrativos, subsistindo ainda em alguns países de língua espanhola.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
A palavra “alcaide”, de origem árabe, designava entre os muçulmanos na península Ibérica o governador de uma praça ou de uma província. Formada pelo artículo "Al" e "Caydum", que deriva do verbo "Cade", que significa capitanear, o termo transitou para os reinos cristãos, servindo para denominar os governadores das povoações fortificadas[4], de províncias ou de praças.[3]
História[editar | editar código-fonte]
A partir da época cristã, os alcaides (também chamados, num período inicial e por inspiração romana, de pretores, e depois de alcaides-mores ou maiores) viram a sua jurisdição alargada até abranger os territórios vizinhos.[3]
Nos tempos da Reconquista Cristã, em Portugal e em outros reinos ibéricos, o alcaide era o magistrado, de origem nobre, nomeado pelo rei, que desempenhava funções militares numa cidade ou vila sede de município, residindo como tal no castelo da mesma.
O rei D. Dinis I de Portugal chegou a emitir forais em que impedia os alcaides de desempenhar funções judiciais, restringindo-os às militares.[3]
Com o decorrer do tempo, findas as guerras com os muçulmanos, o cargo de alcaide perdeu o seu caráter bélico e tornou-se gradualmente um mero magistrado judicial; aplicava as justiças em nome do rei e era o sumo garante do cumprimento da lex.
Depois de Afonso V de Portugal, os alcaides passaram a ser escolhidos entre os fidalgos, e sucedidos, em caso de morte, pelo parente mais próximo que vivesse no castelo, ou por meio de eleição, até outra nomeação real. No caso de ausência, o alcaide tinha permissão de delegar sua autoridade a um substituto, chamado de alcaide-menor ou alcaide-pequeno, que integrava a câmara municipal[1].
Segundo disposto nas Ordenações Manuelinas, o alcaide-mor tinha como função a guarda do castelo e o provimento de gente, armas e abastecimento. Também competia ao cargo a apresentação de uma lista de pessoas para que os juízes e vereadores das câmaras, a cada três anos, escolhessem o alcaide-pequeno. Poderia ainda escolher um escudeiro para acompanhar o alcaide-pequeno, bem como prover homens que o auxiliassem na tarefa de defesa[1].
O regimento de 10 de dezembro de 1570 determinou que os senhores do lugar ou alcaides-mores servissem de capitães-mores das companhias de ordenanças, compostas pela população local e convocadas quando necessário. O alvará de 18 de outubro de 1709, também relacionado com a organização das ordenanças, estabeleceu que o alcaide-mor deveria indicar, junto com os oficiais da câmara, três pessoas para serem escolhidas, pelo rei, para os postos de sargento-mor e capitão-de-companhia[1].
O título de alcaide, que usualmente era hereditário, ao longo dos séculos, de diversas reformas que foram feitas, foi-se esvaziando de poderes e tornou-se, a partir do século XVII, apenas sinal de honra e prestígio, visto que as funções que tradicionalmente desempenhara deixaram de existir.[3]
O cargo de Alcaide-Mor de Lisboa foi extinto no Período Pombalino por Alvará de D. José I de Portugal de 6 de Novembro de 1769.[2]
Estas mesmas funções, de gestão e coordenação, fizeram com que o título fosse assimilado em outros âmbitos, como a justiça (alcaide da vara), a educação das crianças da nobreza (alcaide dos donzéis) e os ofícios marítimos (alcaide do navio), por exemplo.[3]
Fonte: Wikipedia
http://fotoskiki.blogspot.com/2009/09/corre-nas-veias-o-sangue-velho-dos-avos.html
Comentários
Enviar um comentário